AMIZADE

Uma amizade pode começar de várias maneiras, como por exemplo, num atendimento de balcão, seja diário ou não; com um sorriso; numa fila que não anda; num ônibus; numa discussão, num pedido de informação e das mais variadas situações que se pode imaginar.
Num atendimento ao público existem aqueles que são atendidos com mais freqüencia, outros são mais freqüentes num período do mês e ainda aqueles que são eventuais.

Para os atendidos quase diariamente é possível perceber suas oscilações de humor e aprender a lhe dar com isso. No primeiro dia a pessoa pode estar um pouco nervosa, no outro, mais calma. Ela também pode se mostrar séria, sem sorrisos labiais. Mas aos poucos, quando conquistamos sua confiança, descobrimos o que a faz rir. E, é aí, que a amizade começa a nascer.

Ainda sobre os atendimentos ao público temos aqueles que só aparecem num certo dia ou semana do mês. O vínculo é tão forte que estranhamos sua ausência, e quando ela retorna é impossível não demonstrar a falta que ela fez durante o tempo que não compareceu no local.

Nos atendimentos eventuais, as amizades são mais superficiais, ou seja, apenas um sorriso ao se encontrar.

Uma outra forma de fazer amizade é através de um sorriso. Geralmente envolvem crianças, pois algumas conseguem nos surpreender com suas perguntas ou trejeitos. É neste momento que a amizade pode nascer seja com a mãe da criança, seja com a própria criança.

Quando temos que ficar por muito tempo esperando numa fila é impossível não ficarmos indignados. Se não conhecemos ninguém para falar sobre esta situação, às vezes, até falamos sozinhos e quando isto acontece alguém escuta e aí a amizade nasce. E aquela situação de desconforto transforma-se em descontração, pois agora ambos tem com quem desabafar. Neste momento é possível até surgir uma piada sobre a terrível situação.

Dentro de um ônibus, seja uma viagem longa, seja num pequeno trecho, as amizades nascem de maneiras diferentes. Durante uma longa viagem é possível falar de assuntos variados; conhecer suas preferências ao falar de filmes e comidas e até mesmo opinar quanto à novela atual. Agora, quando se trata de um pequeno trecho a amizade só nasce quando se toma o mesmo ônibus para ir para o trabalho ou para ir para casa. E tudo pode começar com um "- Com licença?" ou então "-Com licença, todos os dias pegamos o mesmo ônibus...".

Até numa discussão é possível fazer amizades ou até começar um namoro! Se depois de uma discussão entre um casal que mal se conhecem, se um deles ou ambos, desejarem se ver novamente para continuar o mesmo debate, descofie! Isto é vontade de estar perto mais uma vez!

Ás vezes, ao percebermos que estamos perdidos nossa primeira atitude é pedir ajuda. É muito importante, nesta hora, escolher quem poderá nos ajudar. Em algumas situações devemos ter um pouco de intuição: "Aquela pessoa pode estar na mesma situação que eu!" E é aí que, mais uma vez, uma amizade pode nascer. Um exemplo disso é quando nos perdemos do grupo do qual fazemos parte. Ao encontrar alguém que parece ser do mesmo grupo não devemos ter medo de nos aproximar e perguntar se ela faz parte ou não, pois se a resposta for "sim" você não estará mais perdido.

Quando se tem um problema, quanto mais amizades tivermos, mais fácil será resolvê-lo. Porém nem sempre aquele a quem pedimos ajuda irá nos ajudar e esse "não" não deve ser considerado como um abandono, pois fazer amizades não significa fazer AMIGOS. Quando alguém nos procura para ajudar é porque 'deposita' certa confiança em nós. E muitas vezes, a partir desse momento a amizade torna-se mais densa. Podemos ,então, chamá-lo de Amigo.

A traição é o pior momento que alguém pode passar. Ela pode estar acompanhada de inveja ou ciúme e isto pode destruir todas as amizades que você conquistou até então. Infelizmente não estamos livres de ser traídos, mas nem tudo está perdido. Há alguém muito especial que pode nos ajudar e este é nosso maior Amigo: JESUS. Basta pedir com o coração puro que Ele o atenderá. Você não terá de volta apenas suas antigas amizades, mas terá muito mais do que pode imaginar.

Autora: Gisele Vieira